Alopecia androgenética feminina

Os cabelos são, sem sombras de dúvidas, um molde e peça-chave para o rosto das mulheres. Mostrar cabelos volumosos, hidratados e sedosos eleva sua autoestima. Por isso, perdê-los pode ser um grande problema, considerando que saúde é o completo bem estar físico, psíquico e social. Por isso, hoje iremos falar sobre a ALOPECIA ANDROGENÉTICA (AAG) FEMININA, popularmente chamada de calvície, que na mulher impacta diretamente na sua qualidade de vida.
O que é?
A Alopecia Androgenética (AAG) é a causa mais comum de perda de cabelos em homens e mulheres, com prevalência crescente com a idade. Afeta 50% das mulheres ao longo da sua vida. Mas podemos intervir, evitando a progressão da doença, tanto com tratamentos clínicos, procedimentos pouco invasivos, e até mesmo procedimento cirúrgico, como o transplante capilar, quando for necessário.
Mas, antes de abordar como podemos conseguir recuperar folículos pilosos viáveis e aumentar a densidade dos fios na AAG, vamos entender um pouco como podemos ter calvície.
Existe um consenso geral de que a causa da AAG é multifatorial, com os fatores genéticos hereditários e fatores hormonais (hormônios masculinos – andrógenos) desempenhando papéis centrais no desenvolvimento do início e progressão da alopecia (queda). Porém, não devemos esquecer, nem deixar de dar importância aos fatores ambientais. Como: fumo, tração, sol, medicamentos, nutrição e toxinas, que foram também evidenciados na patogênese da AAG. Assim, esses fatores atuam nos cabelos, provocando uma miniaturização dos fios e encurtamento do ciclo capilar. Ou seja, os fios vão afinando, ficando bem pequenos e caem. Essas alterações dos fios acontecem de forma lenta e progressiva, começando na maioria das pacientes, em torno ou após os 30 anos de idade.
O diagnóstico da AAG é essencialmente clínico. Pela história clínica, exame físico (mostrando cabelos finos e rarefeitos na região frontal e vértice do couro cabeludo, o padrão clássico da calvície feminina), fototricrograma e tricoscopia, o dermatologista consegue dar o diagnóstico e descartar outras doenças do cabelo que podem ser confundidas com ela.
E como podemos tratar a AAG feminina?
Vamos lá! Primeiro, devemos lembrar sempre de tomar medidas gerais na paciente, caso seja necessário, como: perder peso, parar de fumar, diminuir exposição solar excessiva, evitar tração do cabelo e estimular uma boa nutrição. O tratamento clínico medicamentoso é essencial, e incluem medicamentos tópicos e orais, como o Minoxidil e Medicamentos Antiandrogênicos, que atuam diminuindo o processo de miniaturização dos fios e aumentando a densidade dos mesmos.
Além disso, hoje temos disponíveis procedimentos pouco invasivos que utilizam Técnicas de Drug Delivery, ou seja, técnicas que rompem a barreira cutânea e entrega um ativo(medicamento) na raiz do cabelo que estimulam mais vascularização local e ativação de fatores de crescimento, se tornando cada vez mais, tratamentos auxiliares promissores no tratamento da calvície. Entre estes se destacam: Microagulhamento (técnica com microagulhas); LLLT (Terapia com laser de baixa intensidade); MMP (Microinfusão de Medicamento na Pele – técnica com agulhas desenvolvida no Brasil com boa aplicação clínica e resultados); PRP (Plasma Rico em Plaquetas – técnica que utiliza soro autólogo contendo altas concentrações de plaquetas e fatores de crescimento ainda pouco utilizada no Brasil).
E, por fim, no local onde não houve sucesso terapêutico com o tratamento clinico e tecnologias associadas, é recomendado o transplante capilar, procedimento cirúrgico com técnicas aprimoradas e seguras.
Autoria: Dra. Adriana da Costa Braz
MÉDICA DERMATOLOGISTA
CRM: 4242 RQE:7585